O que é o ranking no tênis?
O ranking no tênis é uma lista mundial que ordena os jogadores de acordo com seus resultados ao longo de um período de 52 semanas. Esses rankings funcionam como um espelho do desempenho dos atletas, atualizando semanalmente os pontos que cada jogador ou jogadora acumulou em torneios ao redor do mundo. Assim, quanto mais vitórias e conquistas em torneios importantes, maior será a pontuação e, consequentemente, a posição no ranking.
Ao final de cada temporada, os oito melhores jogadores do ranking disputam o ATP Finals, e as oito melhores jogadoras o WTA Finals, que conta como um torneio extra para somar a pontuação.
Como os pontos são distribuídos?
Cada torneio oferece uma quantidade diferente de pontos, dependendo de sua importância e nível. Os dois principais torneios e suas pontuações são:
Grand Slam
- Campeão: 2000 pontos
- Vice-campeão: 1200 pontos
- Semifinal: 720 pontos
- Quartas: 360 pontos
- Oitavas: 180 pontos
- Terceira rodada: 90 pontos
- Segunda rodada: 45 pontos
- Primeira rodada: 10 pontos
- Qualificatória: 25 pontos
Masters 1000 (ATP) e WTA 1000
- Campeão: 1000 pontos
- Vice-campeão: 600 pontos
- Semifinal: 360 pontos
- Quartas: 180 pontos
- Oitavas: 90 pontos
- Terceira rodada: 45 pontos
- Segunda rodada: 25 pontos
- Primeira rodada: 10 pontos
ATP Finals/WTA Finals
Para o último torneio da temporada, usa-se um sistema um pouco diferente do tradicional. Os pontos são distribuídos de acordo com os resultados de cada partida. São 200 por cada vitória na fase de grupos, 400 nas semis e 500 por vencer a final. Isso significa que o campeão pode obter um máximo de 1500 pontos no torneio.
O sistema de 52 semanas
O ranking considera os melhores resultados do jogador ao longo dos últimos 12 meses. Isso significa que os pontos conquistados em um torneio “expiram” exatamente um ano depois. Se um tenista venceu Wimbledon em julho de um ano, ele precisará defender esses 2000 pontos em julho do ano seguinte. Caso não repita o mesmo desempenho, perde pontos e pode cair no ranking.
Essa característica torna o tênis um esporte altamente exigente: não basta alcançar o topo, é preciso manter-se lá com resultados consistentes.
Impacto no calendário e na carreira
A posição no ranking mundial exerce uma influência direta e estratégica sobre a trajetória de um tenista. Estar bem posicionado permite ao atleta entrar diretamente nas chaves principais dos torneios, especialmente nos Grand Slams e nos eventos de alto nível (como os Masters 1000 ou WTA 1000), evitando as disputadas e desgastantes fases qualificatórias, que além de exigirem mais jogos, aumentam o risco de lesões e cansaço precoce.
Além disso, jogadores entre os melhores colocados recebem o status de cabeças de chave, o que significa que eles são “protegidos” nos sorteios, em torneios de Grand Slam e Masters 1000, os cabeças de chaves são os 32 melhores do ranking naquele momento. Dessa forma, evitando confrontos imediatos contra outros grandes nomes nas rodadas iniciais, uma vantagem tática e psicológica importante. Com isso, a caminhada até as fases decisivas pode se tornar menos árdua, permitindo uma melhor gestão física e emocional durante os torneios.
O impacto do ranking também vai além das quadras. Convites (wild cards) para eventos de prestígio, muitas vezes, são concedidos com base na posição no ranking ou no prestígio construído por meio dele. Da mesma forma, patrocinadores e marcas costumam vincular seus investimentos a atletas com boa visibilidade e performance, tornando o ranking um elemento crucial para atrair apoios financeiros e oportunidades comerciais.
Por fim, o ranking funciona como um termômetro simbólico da carreira de um tenista. Subir posições é um indicativo claro de progresso, consistência e vitórias importantes. Já uma queda significativa no ranking pode acender um alerta — seja por lesões, falta de resultados ou decisões equivocadas na agenda de torneios. Por isso, manter-se entre os melhores não é apenas questão de prestígio, mas também de sobrevivência no circuito, garantindo acesso aos grandes palcos, à visibilidade e à estabilidade profissional.
Curiosidades sobre o ranking mundial de tênis

1. O ranking é atualizado semanalmente
- Toda segunda-feira, o ranking da ATP e WTA é atualizado, refletindo os resultados da semana anterior. Um bom torneio pode fazer um jogador subir dezenas de posições de uma semana para outra.
2. Jogadores podem “cair” no ranking mesmo sem jogar
- Como os pontos têm validade de 52 semanas, se um jogador não participa de um torneio que disputou no ano anterior (ou não repete o desempenho), ele perde os pontos daquele evento e pode cair no ranking — mesmo que esteja parado por lesão ou descanso.
3. Tenistas muito jovens já chegaram ao topo
- Martina Hingis foi a número 1 mais jovem da história da WTA, aos 16 anos e 6 meses, em 1997.
- No masculino, o mais jovem foi Carlos Alcaraz, que chegou ao número 1 com 19 anos e 4 meses, em 2022.
4. Jogadores podem ficar meses no topo mesmo sem vencer
- Um tenista pode permanecer como número 1 sem ganhar títulos, apenas mantendo bons resultados e regularidade — principalmente se os concorrentes diretos também não forem consistentes.
5. O recorde de semanas consecutivas como número 1 é de Roger Federer
- Além de sua elegância em quadra, seu período de dominância entre fevereiro de 2004 e agosto de 2008 foi marcante. Nesse período histórico ele venceu quatro títulos em Wimbledon, dois na Austrália e cinco no US Open.
6. O recorde de semanas como número 1 é de Novak Djokovic
- Djokovic é o tenista com mais semanas no topo do ranking da ATP, tendo ultrapassado Roger Federer e também Steffi Graf (WTA). Até 2025, ele já ultrapassou 420 semanas como número 1.
7. O melhor ranking brasileiro na ATP foi o de Gustavo Kuerten
- Guga foi número 1 do mundo em 2000, tornando-se o primeiro brasileiro da história a alcançar o topo do ranking masculino.